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Dicas da Macler para uma formulação de desinfetante eficaz: com passo a passo para uma boa emulsão

Os desinfetantes domésticos têm um papel crucial na manutenção da higiene e saúde pública. No Brasil e em toda a América do Sul, esses produtos possuem grande relevância econômica, impulsionada por diversos fatores que moldam o mercado.

  • Consciência sobre Higiene: A crescente conscientização sobre a importância da higiene, especialmente após a pandemia de COVID-19, tem elevado a demanda por desinfetantes. A população está cada vez mais preocupada com a limpeza e a proteção contra doenças.
  • Urbanização e Concentração Populacional: A urbanização acelerada e a maior concentração de pessoas nas cidades aumentam o risco de transmissão de doenças, o que intensifica o uso de desinfetantes, tanto em ambientes domésticos quanto públicos.
  • Crescimento da Classe Média: O aumento do poder aquisitivo da classe média na América do Sul tem ampliado o acesso das pessoas a produtos de higiene e limpeza de maior qualidade, incluindo desinfetantes.
  • Regulamentação e Padrões de Qualidade: O fortalecimento das regulamentações sobre a produção e comercialização de desinfetantes tem assegurado a qualidade dos produtos e a proteção dos consumidores, tornando o mercado mais competitivo.
  • Diversidade de Produtos: A variedade de desinfetantes disponíveis no mercado, com diferentes formulações e aromas, atende às preferências variadas dos consumidores, garantindo mais opções para escolha.

É uma classe de produto de alta relevância econômica para o setor de higiene e limpeza, como mostram os dados de evolução desse mercado:

Regulamentações e aspectos técnicos cruciais 

A importância dos desinfetantes para a saúde pública e sua relevância econômica são reconhecidas nas regulamentações específicas do setor. No Brasil, o Ministério da Saúde, através da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), determina regras rigorosas para a produção e comercialização desses produtos.

Entre as exigências, destaca-se a necessidade de registrar o produto junto à ANVISA. Além disso, é necessário cumprir com diversas exigências documentais e obter autorizações, incluindo um laudo técnico homologado pela ANVISA, emitido por um laboratório, que comprove a eficácia bactericida do desinfetante. Essas medidas visam garantir maior segurança e proteção para os consumidores.

Para desenvolver uma formulação de desinfetante segura e eficaz, em conformidade com as normativas da ANVISA, é essencial observar alguns detalhes técnicos que impactam diretamente a performance do produto. 

A seguir, são apresentados fatores importantes para o desenvolvimento de uma formulação para uso doméstico com tensoativos catiônicos como ingrediente ativo bactericida.

1. Qualidade da água: A qualidade da água utilizada é um fator determinante para a eficácia de qualquer produto de higiene e limpeza. A ANVISA, por meio da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 47/2013, estabelece requisitos para as Boas Práticas de Fabricação de Produtos Saneantes, determinando os parâmetros mínimos que a água deve atender. Esses parâmetros precisam ser rigorosamente seguidos antes da fabricação de qualquer produto, especialmente desinfetantes.                 

2. Uso de sequestrante: A utilização de sequestrantes é essencial para garantir o desempenho do desinfetante. Eles protegem os ingredientes ativos de íons metálicos, melhoram a estabilidade do produto e auxiliam no combate a cepas bacterianas que contêm cálcio e magnésio em sua parede celular.   

3. Uso de conservante: Os ativos catiônicos utilizados nas formulações são biodegradáveis. Estes ativos não são agentes conservantes, eles agem como bactericida mas degradam naturalmente. Sendo assim se torna indispensável o uso de um bom conservante. Caso contrário, o produto pode não apenas perder sua ação bactericida, como também estar contaminado no momento do uso. Se isso ocorrer, ao invés de desinfetar o ambiente, ele estará contaminando.

4. Quantidade suficiente de ingrediente ativo: Devido à pressão por custos, fabricantes tendem a usar o mínimo de ingrediente possível na formulação, frente aos laudos de eficácia exigidos pela ANVISA. Mas para isso, existem limites de concentração que garantem a eficiência de um desinfetante. Os dois ingredientes mais utilizados no Brasil são o Cloreto de Alquil (C12/14) Dimetil Benzil Amônio, também chamado de Cloreto de Benzalcônio e o blend desse ingrediente com o Cloreto de Didecil Dimetil Amônio, mas conhecido por Quaternário de 5ª Geração. Para garantir a eficiência do desinfetante as seguintes concentrações mínimas podem ser usadas:

5. Cuidado na compra de óleos essenciais naturais: Em alguns casos, algumas versões de desinfetantes, utilizam óleos essenciais naturais, como o óleo de pinho ou eucalipto. São usados única e exclusivamente com a função de perfumação. No entanto, é importante atentar para o fato de que algumas vezes esses óleos podem vir com um certo nível de contaminação. Ao acrescentar um óleo contaminado à formulação ele acaba consumindo imediatamente parte do ativo e reduzindo sua capacidade bactericida.   

Para que se possa utilizar estes óleos de forma segura, deve ser verificado a cada compra de lote, se o produto está isento de contaminação. Esta análise pode ser feita de forma qualitativa através de kits de análise microbiológica, um teste muito simples e barato. Muitas vezes o uso de óleos contaminados é o motivo de reprovação de um teste bactericida junto a um laboratório homologado pela ANVISA.

6. Uso correto dos emulsionantes das fragrâncias e óleos essenciais: Um erro comum na formulação de desinfetantes é a forma inadequada de emulsionar fragrâncias e óleos essenciais. Se não forem bem emulsionados, esses ingredientes podem consumir o tensoativo, afetando a ação bactericida. Para evitar essa situação, é fundamental seguir um processo correto de emulsão.                                                              

Uma forma segura e simples de garantir uma boa emulsão está descrita neste passo a passo a ser seguido pelo formulador disponibilizado pela Macler:

Mas qual o melhor ativo bactericida?
E melhor emulsionante?
Tem algum sequestrante e conservante mais adequado?

Para sanar essas dúvidas, a Macler desenvolveu uma formulação sugestiva considerada a melhor opção em termos de performance, custo e apelo sustentável:

Quer mais informações sobre formulação de desinfetante doméstico? Baixe aqui nosso guia de formulação core.

O desenvolvimento de uma formulação de desinfetante eficaz exige atenção a diversos detalhes técnicos. Seguindo as orientações e utilizando os ingredientes corretos, é possível criar produtos seguros, eficientes e em conformidade com as regulamentações da ANVISA. 

Segue com dúvidas a respeito da sua formulação de desinfetante?

Nosso SmartLab está pronto para te ajudar, seja na determinação da melhor concentração de Isogen E-TEC ou outro emulsionante, ou para tornar o seu processo de desenvolvimento mais ágil, seguro e eficaz.

Clique aqui para entrar em contato.

Lucas MicheluzziDiretor Técnico na Macler
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Tags: metodologia, higiene, limpeza
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