Técnica dos seis chapéus: método para facilitar a tomada de decisões da sua empresa
No desenvolvimento de um projeto, na avaliação de uma proposta de investimento ou na avaliação de implantação de um novo processo, a comunicação é sempre uma questão delicada e que pode determinar o sucesso ou não do empreendimento.
Conheça a técnica criada por Edward de Bono que tem o objetivo de melhorar a comunicação e otimizar o processo de tomadas de decisões.
As condições para que a comunicação dentro de uma empresa se estabeleça com qualidade dependem de muitas variáveis, as quais a grande maioria dos profissionais já teve de enfrentar ou até se esforçar para não ser a fonte do problema. Confira algumas delas:
- Baixa qualidade nas informações levantadas;
- Briga de egos entre membros de uma equipe;
- Falta de alinhamento entre as pessoas envolvidas;
- Pouca clareza sobre o objetivo a ser alcançado e seus prazos;
- Influência de questões subjetivas nos membros da equipe.
Estas são situações muito comuns que fazem parte do nosso dia a dia. É justamente por isso que estamos sempre atentos a ferramentas, técnicas ou até mesmo softwares que possam facilitar a comunicação e otimizar o processo de tomadas de decisões.
Conheça o método dos Seis Chapéus de Pensamento
O método chamado Seis Chapéus do Pensamento (Six Thinking Hats) foi desenvolvido por Edward de Bono, em 1985. Bono foi um médico e escritor inglês, instrutor na disciplina de pensamento e psicólogo da Universidade de Oxford, que dedicou sua vida a estudar os processos de pensamento, tornando-se muito conhecido pelo termo “pensamento lateral”.
Enquanto a maioria dos modelos se baseia em uma discussão formada por argumentos e contra-argumentos, gerando desgaste entre os membros, o método dos seis chapéus coloca todos os envolvidos trabalhando de forma colaborativa.
A técnica propõe que todos expressem e pensem juntos sob cada aspecto do assunto a ser tratado, “vestindo” uma cor de chapéu para cada etapa.
Entenda a divisão por cores
Chapéu Branco: todos se esforçam para elencar o máximo de informações disponíveis, ou buscá-las caso faltem dados para abordar o tema. Ao final, todos tem uma visão geral do problema, situação ou ideia.
Chapéu Vermelho: todos expressam suas intuições, emoções, “feelings”, sem que seja necessário justificar. Pode ser avaliado ao final novamente, para saber se os sentimentos e percepções mudaram. É necessário ficar atento para que estas questões subjetivas, não se sobressaiam sobre questões objetivas e racionais.
Chapéu Verde: todos devem apresentar livremente suas ideias e hipóteses para o problema, mesmo que sejam consideradas absurdas e fujam da realidade, como num processo de Brainstorming. A proposta é estimular a criatividade e energia, deixando cada um pensar à sua maneira.
Chapéu Amarelo: todos devem ter uma abordagem otimista, buscando benefícios e pontos positivos da proposta. A abordagem positiva não costuma ser tão natural nas pessoas, exigindo um pouco mais de esforço dos envolvidos. Todos devem se esforçar para encontrar uma forma de fazer dar certo, mesmo aqueles que inicialmente são contrários à proposta.
Chapéu Preto: este chapéu corresponde a avaliação de risco, onde todos devem ter uma visão crítica da situação, mesmo aqueles que defendem a proposta. Costuma-se pensar no pior cenário, no que pode dar errado e porque não funcionará. Este é um mecanismo natural do cérebro e, por isso, deve-se cuidar para não exagerar no seu uso. Esta etapa ajuda a tornar a solução mais sólida e funcional.
Chapéu Azul: utilizado pela pessoa que atua como facilitador e representa orientação, planejamento e visão geral. O facilitador não foca no tema, mas sim em como ele está sendo discutido, garantindo que o grupo caminhe na direção certa. É também papel do facilitador apresentar as conclusões e definir os próximos passos.
Esta metodologia permite que o facilitador mantenha a ordem durante a reunião e consiga organizar os dados coletados de forma eficaz, facilitando a chegada a uma conclusão. Diversas empresas adotam este tipo de abordagem, melhorando a qualidade de suas decisões e reduzindo consideravelmente o tempo gasto neste processo.
Os chapéus não precisam, necessariamente, seguir a ordem apresentada, podendo adaptá-la de acordo com a situação para facilitar o andamento do processo. Por exemplo, na avaliação de uma nova ideia, é muito comum começar com o Amarelo, seguido do Preto e depois Verde.
Este método, assim como qualquer outro, precisa ser experimentado e aplicado, e seu uso constante garante a sua otimização e, cada vez mais, melhores resultados.
Experimente com a sua equipe e tenha mais uma ferramenta para garantir a eficácia das suas reuniões.
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